Integração de modais é saída para gargalos de infraestrutura – Netmarinha

Construção de 12 novos berços de atracação no Porto de Paranaguá e 140 metros a mais de cais no Porto de Antonina, ampliação da Ferroeste dos atuais 250 quilômetros para 1.116 quilômetros, duplicação de rodovias, ampliação e melhorias nos aeroportos e implantação de centros de logística.Estas foram as principais obras apresentadas pelo secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, no Congresso Paranaense da Indústria, nesta terça-feira em Curitiba.
Falando para uma platéia de empresários e lideranças empresariais, o secretário disse que a estratégia é investir na integração dos diversos modais de transporte para resolver os problemas do Estado, nesta área.
Segundo ele, o sistema integrado e compartilhado de infraestrutura e logística faz parte da estratégia do governo que busca uma desconcentração do desenvolvimento. “O crescimento do Paraná ficou extremamente concentrado nos últimos anos. Prova disso é que apenas 20 dos 399 municípios do Estado concentram 51% da população, 65% do PIB total e 70% do PIB industrial”, informou.
Este crescimento extremamente concentrado trouxe distorções aumentando a demanda por infraestrutura em determinadas áreas. “Agora, a estratégia do governo é desconcentrar este desenvolvimento’, disse.
De acordo com o secretário, os recursos para os novos investimentos em infraestrutura estão sendo buscados por meio de uma aproximação com o governo federal e através de parcerias público-privadas.
“Há 30 anos o Porto de Paranaguá não recebe investimentos de grande porte’, disse o secretário. Segundo ele, agora esta situação começa a se reverter com os investimentos previstos. “Temos recebido várias propostas de PPPs, muitas empresas estão querendo se instalar em Paranaguá e Antonina e, além dos novos berços de atracação, teremos ampliações e melhorias no corredor de exportação e nos terminais de contêineres, de veículos e de passageiros”, informou o secretário.
Alinhamento
“O principal avanço que pode se notar hoje na área deInfraestrutura do Paraná é o alinhamento”, avalia Paulo Ceschin, coordenador do Conselho Temático de Infraestrutura da Fiep, que foi o mediador do painel. De acordo com ele, é importante a forma como o Estado está tratando a questão da infraestrutura e logística, de forma sistêmica, vendo a importância da integração dos modais e não tratando cada um de forma isolada.
“A partir deste alinhamento, os avanços vão acontecer com projetos e ação programada”, acredita Ceschin, acrescentando que está começando a se criar situações favoráveis para os investimentos. Para ele, “as obras de infraestrutura não são obras de governo, mas obras de Estado”.
A abertura de diálogo com as outras esferas de governo e as parcerias público-privadas estão viabilizando alguns investimentos. �? o caso da ferroeste, integrando Paraná com o Mato Grosso do Sul.”Recebemos a visita do governador do Mato Grosso do Sul que veio propor uma parceria”, informou o secretário. Segundo ele, houve um entendimento e já foi assinado um termo de referência para a ampliação.
A nova ferroeste terá 1.116 quilômetros e vai integrar os municípios de Maracaju, Dourado e Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul com Cascavel e Guaíra, no Paraná.

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