Lucros caem, mas volumes transportados crescem.

A CMA CGM, terceira maior armadora do mundo, espera que 2011 seja um “ano positivo”. A companhia está otimista apesar da queda do lucro no primeiro semestre, devido às taxas de frete desfavoráveis em 2010.

“O contexto do mercado é complicado e volátil, mas temos boas ferramentas para passar por isso”, disse o chefe do Departamento de Finanças, Michel Sirat. “Temos tido bons resultados em termos de volumes”, acrescentou.

O lucro líquido da primeira metade do ano caiu para US$ 237 milhões em relação aos US$ 849 milhões do ano anterior, quando o grupo francês se recuperou da grande perda com a crise mundial, em 2009. A receita aumentou 8%, chegando a US$ 7,3 bilhões, sustentado por um crescimento de 9% nos volumes transportados.

As informações anunciadas pela empresa vieram a público após a armadora dinamarquesa, A.P. Moller-Maersk ter cortado alguns negócios de contêineres neste ano. Isso porque o crescimento da demanda por esse serviço diminuiu em meio ao desaceleramento econômico mundial, além da queda nas taxas de frete.

De acordo com Sirat, o aumento do volume da CMA CGM, na primeira metade do ano, demonstrou o que estimavam ser um aumento de 8% no mercado como um todo.”Além disso, o grupo esperava alcançar 8% de crescimento no volume em relação ao ano inteiro”, afirmou.

“A diversificação nas diferentes regiões tem protegido a empresa da queda das taxas em algumas rotas”, disse o executivo. A grande queda no lucro líquido refletiu o declínio na receita do primeiro semestre, que caiu 2% em relação ao mesmo período do ano anterior, além da queda de 7% em comparação à segunda metade de 2010, afirmou Sirat.

“Consideramos que o terceiro trimestre continuará sendo difícil e que começaremos a ver uma melhora no quarto trimestre”, afirmou. “Devemos lucrar em 2011”, completou.