Projeto “Exporta Mais Marítimo” visa alavancar as vendas externas – Diário do Nordeste

O programa conta com uma parceria em apoio logístico do Porto de Dunkerque, localizado no norte da FrançaAmpliar as exportações das micros e pequenas empresas cearenses. Esse é o objetivo do projeto “Exporta Mais Marítimo”, que pretende ajudar na desburocratização da atual logística do transporte marítimo no Brasil, e, por conseguinte, também reduzir os custos do processo de exportação, por meio de um parceria com o Porto de Dunkerque, na França.
Segundo o deputado federal Antônio Balhmann, que está à frente do projeto, o intuito é estipular o teto de exportação para até US$ 150 mil, sem fixar peso e volume. Hoje, é de apenas US$ 50 mil e de 30 kg, pelo No “Exporta Fácil” dos Correios.
Expansão
De acordo com o deputado, o limite de faturamento atual que é de até R$ 2,4 milhões saltaria para R$ 3,6 milhões; e no caso das micros passaria de R$ 240 mil para R$ 360 mil. Balhmann esteve recentemente na França, com uma comitiva de gestores municipais cearenses mostrando as vantagens da exportação via Porto de Dunkerque, que quer realizar uma cooperação descentralizada internacional na área do desenvolvimento econômico e portuário. Conforme a pesquisa realizada pelo Sebrae Nacional, no Ceará são 190 MPEs exportadoras.
Melhor modal
Segundo Balhman, não há dúvida de que o melhor modal brasileiro de exportação é o marítimo, embora ainda com muitas deficiências, mas por onde o País tem mais investido, citando como exemplos os Portos de Pecém e do Mucuripe que tem recebido grandes investimentos nos últimos quatro anos.
Essa condição é que vai permitir que a micro e pequena empresa passe a ter expressão no esforço exportador brasileiro. Pelo lado nacional, o processo é preparar as empresas que ainda não exportam e as que já exportam a ampliarem suas remessas de mercadorias para fora do Brasil com base no Porto de Dunkerque.
O programa
A ideia do “Exporta Mais Marítimo”, programa de desenvolvimento econômico e portuário, é fruto do trabalho de cinco estados (Espírito Santo, Ceará, Goiás, Minas Gerais e Rio Grande do Norte).
Ficou entendida entre eles e os parceiros do projeto a necessidade de atuar no cenário da cooperação descentralizada e decidiram cooperar com Dunkerque, região metropolitana marítima e trans-fronteiriça do Norte da França, desde 2005. Quando se iniciou a cooperação, um dos objetivos era promover o desenvolvimento econômico e portuário dos territórios. Os parceiros almejavam prover plataformas logísticas inovadoras de referência para a movimentação de bens entre o Brasil e o Norte da Europa, atraindo novos fluxos comerciais com a utilização de contêineres, concentrados e distribuídos a partir dos estados portuários parceiros no Brasil e do Porto de Dunkerque.
Em cada estado e na França foram constituídas governanças locais para concretizar esse objetivo. Em 2006, as iniciativas dos portos foram apoiadas com esforços na captação de investimentos e na articulação do networking entre empresas e instituições dos territórios.
Novo foco
Enquanto as conexões aumentaram e muitas se consolidaram, os resultados comerciais não foram significativos: as únicas empresas francesas e brasileiras dispostas a investir além-mar eram as multinacionais, cujas decisões estratégicas são tomadas em outras capitais, brasileiras ou francesas.
Em 2008, o foco da estratégia foi mudado das grandes empresas para as micro e pequenas empresas, apesar de poucas delas estarem aptas a exportar. Houve convergência com o Sebrae para inverter essa tendência no incremento das exportações brasileiras, o que veio a coincidir na França com a criação da Câmara de Comércio e Indústria Internacional da Région Nord Pas de Calais, demonstração francesa da mesma intenção de inserir as MPEs no mercado internacional.

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