Atrasos na liberação de navios, dificuldades para inserir dados no sistema e dúvidas. Essa tem sido a rotina dos agentes marítimos desde a última segunda-feira, quando começou a funcionar efetivamente o projeto Porto Sem Papel (PSP), do Governo Federal, no Porto de Santos. Com um plano de contingência já em execução, a expectativa das autoridades é que, até o fim do mês, tenham sido solucionados os problemas para a operação do sistema, que agiliza a liberação das atracações e das operações dos navios no complexo marítimo. Os casos estão sendo resolvidos pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), que criou o projeto sob a supervisão da Secretaria de Portos (SEP).
Os problemas têm surgido apesar de o PSP ter sido disponibilizado, para treinamento dos agentes e ajustes, meses antes de sua efetiva implantação. Agora, são percebidos erros em seu funcionamento. Um deles envolve a transmissão dos manifestos de carga (lista com informações sobre as mercadorias que serão embarcadas ou desembarcadas), afirmou o diretor-executivo do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar), José Roque.
“O manifesto de cargas é o que mais tem nos preocupado, pois o sistema está sobrepondo um manifesto ao outro. O formato que está hoje não nos traz segurança. Não é satisfatório”, afirmou Roque, que se reuniu na última quarta-feira com representantes do Serpro e da Federação Nacional das Agências de Navegação (Fenamar) para pedir correções no PSP.