Infraestrutura precária impede crescimento de comércio exterior – Guia Marítimo

“Usamos portos alternativos tendo o de Paranaguá como o mais importante, enquanto o País ainda não conta com uma cabotagem mais eficiente”. A afirmação foi feita pelo diretor de Supply Chain da Renault, André Perez, durante o segundo evento de logística automotiva da América do Sul (Automotive Logistics South America), realizado na capital paulista.

Segundo o executivo, que participou do painel “a nova perspectiva da América do Sul”, é necessário que a companhia utilize os portos alternativos diante do alto volume de importação e da infraestrutura precária dos portos e aeroportos. Para ele, se o Brasil não melhorar suas condições, o País irá “sucumbir”.

A principal executiva da TNT Express, Marie-Christine Lombard, faz eco e afirma que o País tem problemas como tributação e burocracia, e que cabe às empresas encontrar soluções diante desta realidade. Para Daniela Gabriela, gerente de logística da GM (General Motors), a situação dos portos nacionais evoluiu, mas ainda há problemas na fluidez das cargas por conta dos navios parados e do congestionamento nos portos.

A gerente de compras de materiais indiretos e logística para a América Latina da Lear Corporation, Katia Bednikovs, disse que a forma de o governo se planejar em curto prazo, a alta carga tributária e a complexa legislação complicam o modal e as empresas que atuam com importação e exportação. “Temos desalinhamento nos poderes, projetos ultrapassados e falta de comprometimento com questões ambientais”, disse. Segundo ela, há investimentos, melhorias e programas, como o Porto Sem Papel, que valem ser destacados, porém há muito o que fazer e são as empresas que devem avaliar de forma estratégica a integração dos modais de transporte. “Temos de adotar uma logística de guerra para os tempos que estão por vir”, finaliza.

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