O balaço bancário do Grupo Grimaldi deve, mais uma vez, se manter no break even neste ano, já que melhores gastos no mercado de transatlânticos fizeram com que a demanda por embarcações no segmento de porta-contêineres de multipropósito e ro/ro da companhia aumentar.
Diferente do mercado rival de ro-ro – as três maiores companhias japonesas, K Line, MOL e NYK, que dominam as linhas do trade Ásia-Europa e que foram atingidas pela redução na fabricação de automóveis depois do terremoto que acometeu o Japão em março deste ano -, a Grimaldi tem visto suas atividades melhorarem, em comparação com 2010.
“Os negócios estão estáveis ou vêm melhorando em países que exportam petróleo, que têm uma entrada de preços maiores, como a Nigéria, Angola, Rússia e Brasil. Visto o que tem acontecido no Mediterrâneo com a Tunísia, Líbia, Síria e Egito, eu acredito que estamos indo excepcionalmente bem e temos, nós mesmos, nos surpreendido”, afirmou Emanuele Grimaldi. E ela continuou: “Mesmo nos piores períodos – e aí eu me refiro a 2009 e 2010 – tivemos um negócio lucrativo e ficamos no break even por todo o tempo. Este ano foi até um pouco melhor que o primeiro trimestre do ano anterior”, enfatizou.
A executiva acredita que a flexibilidade da combinação do grupo de ro/ro e porta-contêineres contribui para o sucesso da frota da companhia: “A estabilidade oferecida nos três mercados – ro-ro, carros e contêineres – e a disposição geográfica dos serviços da Grimaldi é, talvez, o segredo dos nossos lucros”, disse Grimaldi.