Exportação brasileira ‘patina’ em volume, mas receita sobe – Valor Econômico

As exportações brasileiras de suco de laranja acusaram a queda do consumo em alguns de seus principais mercados entre 2003 e 2010 e “patinaram” no período. Dados da Secex compilados pela CitrusBr mostram que os embarques do país somaram 1,362 milhão de toneladas de suco concentrado e congelado (FCOJ) equivalentes em 2003, enquanto em 2010 foram 1,2 milhão. Na mesma comparação, a receita dos embarques subiu de US$ 1,193 bilhão para US$ 1,775 bilhão. Os volumes já incluem as vendas de suco não concentrado, conhecido pela sigla NFC.Para as indústrias, um dos grandes problemas é que a queda do volume e o aumento do valor não foram lineares no intervalo. Outro ponto negativo é que a commodity permaneceu valorizada nos últimos anos sobretudo por causa de problemas de oferta na Flórida, e não por incrementos na demanda. O parque citrícola do Estado é muito vulnerável às temporadas americanas de furacões, como a que acaba de começar com o “Irene” – que, parece, poupará os citricultores.
Para Marcos Fava Neves, do Markestrat, é animador, em se tratando de países emergentes, que o consumo tenha crescido nos dois últimos anos, mesmo com a commodity valorizada no mercado internacional. Na Europa, principal mercado para o suco brasileiro, a tonelada vale, hoje, cerca de US$ 2,5 mil. Na bolsa de Nova York, os contratos futuros do FCOJ acumulam alta de 65,38% em 24 meses.

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