O Banco do Brasil (BB) bateu em agosto, recorde mensal na concessão de linhas de comércio exterior (ACC e ACE), com o volume de US$ 2,077 bilhões. Com esse desempenho, mesmo em ano de crise, o vice-presidente de Atacado, Negócios Internacionais e Private Banking, Alan Tolledo, já fala em nova marca histórica para 2011.�??Mesmo em anos de maior expansão econômica do país, como em 2007 ou 2010, não tínhamos ultrapassado a marca de US$ 2 bilhões mensais no crédito ao comércio exterior�?�, comentou Tolledo.
De janeiro a agosto, o BB soma US$ 12,4 bilhões na concessão de ACC e ACE, próximo ao total atingido em 2010, que foi de US$ 12,6 bilhões. Por isso, Tolledo estima que será fácil superar a melhor marca anual registrada em 2007, de US$ 15,087 bilhões.
Questionado se tal otimismo não estaria na contramão da percepção de analistas e autoridades, que falam sobre redução no comércio internacional pela ameaça de recessão em países desenvolvidos, o vice-presidente do BB justifica sua posição.
O primeiro fator é o custo. Tolledo lembra que as linhas de crédito ao comércio exterior são referenciadas na Libor, no momento �??em patamar extremamente inferior�?�. A taxa do mercado de Londres, que historicamente já esteve acima de 6%, hoje está abaixo de 1% ao ano.
Ele cita que o número de empresas exportadoras aumentou. Que o Brasil vem batendo recordes de exportação. Que as vendas ao exterior são puxadas por commodities, �??muito em alimentos, que são menos afetados em tempos de crise�?�, continua o vice-presidente do BB, destacando ainda que a indústria brasileira investiu e �??ganhou muito em competitividade�?�, na última década.
Em termos de valores, o PIB alcançou R$ 1,02 trilhão no segundo trimestre, de acordo com as informações do IBGE.
O governo tem tomado medidas para desacelerar a economia, de modo a tentar evitar inflação. Quando há muito consumo, podem faltar produtos, e isso encarece o preço deles, causando inflação.