O porto do Rio Grande recebeu, na manhã de ontem (17), a visita de comitiva sul-coreana liderada pelo presidente da Hyundai Marinha Mercante, Suk-Hui Lee, que está no estado analisando as potencialidades de intercâmbio entre o Rio Grande do Sul e a Coreia do Sul. Acompanhados do secretário de infraestrutura e logística Beto Albuquerque e do secretário do desenvolvimento e promoção do investimento Mauro Knijnik, o grupo coreano conheceu a cidade do Rio Grande e o porto público além dos terminais privados, como o Tecon.
“A Hyundai Marinha Mercante é uma empresa com 160 navios próprios e viemos mostrar o Porto do Rio Grande porque aqui precisamos de parceiros que tornem o porto cada vez mais dinâmico”, ressaltou Beto Albuquerque. A visita do grupo sul-coreano ao Estado foi a resposta da missão gaúcha capitaneada pelo governador Tarso Genro em maio deste ano. Naquela oportunidade, foi firmada a vinda de uma fábrica de elevadores para o Rio Grande do Sul, confirmada nesta visita. A localização da empresa ainda está sendo estudada pelos investidores.
Sobre o porto rio-grandino, o grupo coreano mostrou-se bastante interessado nos potenciais da região. “Com todos os investimentos que os governos federal e estadual vêm fazendo no Porto do Rio Grande, o grupo Hyundai tem essa ‘expertise’”, afirma o superintendente Dirceu Lopes, garantindo ainda que um grupo técnico está sendo formado para analisar aquilo que é possível oferecer a eles. “Temos um porto em operação e estamos sempre procurando novos parceiros”, conclui.
As intenções da Hyundai Marinha Mercante é instalar um terminal em portuário em Rio Grande. Sobre as áreas disponíveis, Lopes garante que o Porto do Rio Grande possui condições de abrigar novos investimentos. “Temos a área do Terra Pleno, o próprio Porto Novo e a extensão do cais sul. Por isso, constituímos corpo técnico que vão fazer os estudos necessários para que, dentro de seis meses, possamos apresentar um projeto”, explica o superintendente. Entre gentilezas e conversas, o porto rio-grandino foi apresentado aos representantes coreanos. Na visita coordenada pelo Badesul, o secretário de infraestrutura e logística utilizou-se da história para mostrar que é preciso inovar para manter o porto em condições competitivas.
“Há 14 anos, o porto passou por um processo, mas, desde lá, o mundo mudou barbaramente e há muita tecnologia nova para ser aplicada em Rio Grande. Precisamos pensar em redução de custos, produtividade e agilidade na operação. Nós que estamos aqui [na administração] precisamos exigir dos nossos parceiros custos menores e mais rapidez”, afirmou Albuquerque. Além do Rio Grande, parte da comitiva sul-coreana seguiu para Caxias do Sul e outra se manteve na capital. Para o Estado, ainda estão previstos investimentos no setor de gás natural que pretendem ampliar a oferta.