Alto índice de grandes embarcações favorece afretamentos.
A frota de embarcações de médio porte terá boas oportunidades no mercado de afretamento, de acordo com o co-diretor do armador alemão Schiffahrts Oltmann, Peter Oltmann. Segundo ele, com a tendência atual para encomendas de navios cada vez maiores, proprietários e operadores de porta-contêineres com capacidade entre 3 mil Teus e 4 mil Teus podem se manter otimistas com as perspectivas do mercado charter.
“Os navios de até 4 mil Teus serão o motor de trabalho do futuro”, disse Oltmann . “Eles vão substituir os navios de 2.500 Teus nos trades globais”, acrescentou.
Oltmann afirma que o mercado charter para estes navios têm se desenvolvido melhor do que o esperado. “Podem ocorrer variações durante os próximos meses, mas estou muito otimista em relação ao mercado de afretamento para porta-contêineres em geral”, disse.
A Schiffahrts Oltmann opera uma frota de 20 embarcações do segmento entre 2.500 Teus a 4.250 Teus. A maioria da carteira de navios deste porte está em negociações com o proprietário e corretor Peter Döhle.
O otimismo de Oltmann se traduz pelos valores recentes pelos quais as embarcações de médio porte têm sido negociadas; o JPO Leo, contruído em 2005 e com 3.100 Teus de capacidade, está com valor estimado em US $ 15 mil por dia. A Maersk Line contratou recentemente o AS Jutlandia (construído em 2006 e com 3.380 Teus) por dois a três meses a uma taxa diária de US$ 18.450.
Nos tamanhos acima de 4 mil Teus, o cenário também aponta valores expressivos, com a MSC (Mediterranean Shipping Co) fechando contrato com o Folegandros (construído em 2001 e com 5.576 Teus) por 12 meses a uma taxa de US$ 31 mil por dia.
A Hainan Pan Ocean contratou o Helena Schulte (construído em 2006, 3.500 Teus) durante 12 meses a US$ 8.750 dólares por dia. Duas embarcações-irmãs, Partici e o Praia, foram afretados pela CSCL e MISC por períodos de 30 a 45 dias e três meses, respectivamente, por valores equiparáveis.